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A CIA.

“Pessoas do mundo todo se juntam para cantar em coro, muitas vezes por anos a fio e enfrentando uma série de dificuldades somente pelo prazer de produzir melodias em conjunto. Então, o que há de tão especial num coral?

 

Obviamente, não é um pergunta fácil de ser respondida, tampouco mereça uma resposta única, mas algumas reflexões podem ser extraídas desse universo tão envolvente (este texto não tem qualquer pretensão científica e guarda muito de subjetividade de uma coralista).

 

Não é necessário dizer o quanto a música pode afetar um sujeito – essa arte que entra pelos ouvidos é capaz de atingir seu espírito em frações de segundos, arrepiar seus pelos e fazer você chorar - demonstrações suficientes de seu forte poder psíquico. 

 

Musicalmente seduzidos, podemos então cantar, ou seja, produzir música usando apenas um instrumento: o próprio corpo – o que demonstra como a natureza foi bondosa conosco. Essa milenar experiência de cantar, todavia, pode ser ainda mais  extraordinária se feita em conjunto, pois num coro é possível perceber o quanto de belo existe na confluência das diferenças, dos contrastes e da construção conjunta de uma obra. Em tempos tão individualistas, o coro pode ser uma fonte de aprendizado para o convívio harmonioso, pois somente o autoconhecimento e percepção possibilitam a integração no grupo, que é muito mais do que a soma das vozes dos seus integrantes. O coro possui um espírito próprio, construído pela entrega de cada um de seus integrantes, que por sua vez fazem uma busca interior de sua própria beleza. 

 

O Canto Vivo revela-se como um espírito multicolorido e multifacetado que se propaga através de vozes de diversas idades, cores e identidades, que cantam porque vivem ou  vivem porque cantam.”

 

Simone da Andrade Pligher – Ex Soprano cantovivense

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José Roberto Ferroli e Ivani Vequiati Ferroli, casal que fundou o coral. 

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